Pesquisas independentes relacionadas ao Pe. Kentenich: atualização do Pe. Eduardo Aguirre

ESENDE

O Pe. Eduardo Aguirre, postulador da causa de canonização do Pe. José Kentenich, apresentou no dia 15 de março uma atualização sobre as investigações independentes realizadas por acadêmicos em torno do fundador do Movimento de Schoenstatt, bem como sobre outras pesquisas, diversos estudos e publicações relacionados com essa temática que estão sendo desenvolvidos em diferentes partes do mundo. A referida palestra aconteceu no contexto da celebração do oitavo aniversário dos Grupos de Silêncio e Oração (1), que se dedicam a aprofundar o carisma do Pe. Kentenich e a rezar por sua canonização.

Apresenta-se ao pé do artigo a lista das Edições de Estudo publicadas nos diversos idiomas.

A seguir, transcrevemos essa apresentação. (2)

Os pesquisadores independentes são acadêmicos que conheciam muito pouco sobre Schoenstatt

Está sendo realizada uma pesquisa independente sobre o Pe. Kentenich, especialmente em relação às Visitações (canônica, pelo bispado de Tréveris, e apostólica, pelo Santo Ofício) e ao período do exílio do Pe. Kentenich em Milwaukee. Essa pesquisa está sendo conduzida por um professor de uma universidade alemã e outro acadêmico. Essa pequena equipe já trabalha há dois anos. Estão pesquisando os documentos que lhes enviamos de Schoenstatt, de todos os nossos arquivos. Enviamos todos os documentos que nos pediram, e estão pesquisando de forma muito profunda e séria. 

Estudos necessários para dar continuidade ao processo de canonização

É importante lembrar que são pessoas – acadêmicos – que não vinham de Schoenstatt e conheciam muito pouco sobre Schoenstatt, apenas superficialmente, de ouvir falar. Mas, claro, nesta pesquisa tiveram que mergulhar profundamente na história do Movimento, sua espiritualidade, sua pedagogia e na vida do Fundador, especialmente em tudo que foi o confronto com a Igreja, ou seja, a partir de 31 de maio de 1949 até o exílio, etc. Essa pesquisa será muito importante para responder às acusações e difamações feitas por (Alexandra) von Teuffenbach e para retomar o processo de beatificação na diocese de Tréveris e poder concluir a fase diocesana.

Não temos nenhum relatório sobre o andamento

Eles têm muito a estudar, inclusive o marco de 20 de janeiro e outros marcos. O professor responsável apresentou um projeto de pesquisa com duração de três anos. Estamos aproximadamente na metade. Como começaram devagar, calculo que ainda temos cerca de dois anos pela frente até que possamos ver os resultados. Como é uma pesquisa independente, não sabemos exatamente como está se desenvolvendo, eles não nos informam em que etapa estão ou quais passos estão dando. Nossa tarefa é enviar os documentos ou arquivos que nos solicitam. Temos uma boa relação nesse sentido, há um bom contato, mas não temos nenhum relatório do que estão fazendo.

Mas sabemos que estão interessados no tema. Quem dirige essa pesquisa é professor de história da Igreja. É um teólogo, leigo, casado, especializado na história da Igreja alemã antes, durante e depois do Concílio Vaticano II. Por isso se interessa tanto por estudar Schoenstatt e sua história, porque era o movimento de maior crescimento e vitalidade na Alemanha antes do Concílio, e além de ter uma rápida expansão dentro da Alemanha, também se internacionalizou já desde 1935, chegando a outros países da Europa, América, África e Austrália. Isso o motiva a estudá-lo profundamente. Não posso dizer mais sobre como e quanto esses acadêmicos avançaram, porque não temos informação.

Publicação de outras pesquisas: a Epistola perlonga – edição de estudo nº 5

Em relação a outras pesquisas, a irmã Maria Julia (Agüero) já mencionou os documentos que estamos publicando. Chamamos de “edições de estudo”. Já foram publicados sete volumes em alemão. Em espanhol, já publicamos cinco. Esperamos que a Editora Nueva Patris, do Chile, apresente em breve a Epistola perlonga (“carta muito longa”, traduzida do latim para o espanhol), ou seja, a famosa Carta de 31 de Maio. Esta foi publicada em dois volumes em alemão e já foi traduzida para o espanhol. 

Esperamos que em abril, ou pelo menos antes de 31 de maio, possa ser disponibilizada esta “edição de estudo nº 5”, que foi preparada por dois professores alemães, teólogos e filósofos, que realizaram uma profunda pesquisa. Esses professores trabalharam cerca de três anos para conseguir essa edição crítica, científica, com uma excelente introdução e um grande número de notas enriquecedoras. Esta é a primeira vez que a Epistola perlonga estará acessível a todos os interessados. Até agora, era um escrito que estava ao alcance apenas dos dirigentes de Schoenstatt. É um texto um tanto difícil de ler. Além disso, as traduções existentes, especialmente para o espanhol, não foram amplamente divulgadas. Portanto, será uma ocasião importante para a difusão do nosso carisma e missão.

Espero que em breve todos também possam ter acesso a esta Epistola, que é um livro tão relevante, tão importante para nosso pai, pois nela ele sintetiza ou desenvolve os temas essenciais do nosso carisma. Trata-se de um esforço para que a Igreja o conheça e possa valorizá-lo. Sabemos que as consequências da Epistola perlonga não foram as que nosso pai esperava. Ele esperava uma discussão mais aprofundada sobre o carisma de Schoenstatt, mas a resposta foram medidas disciplinares que o levaram ao exílio, etc. Tudo isso também está nesta edição, bem explicado na introdução. Nosso pai e fundador assumiu todas as consequências que essa “carta-resposta” acarretou com muita fé na condução da Providência Divina, e por isso nunca perdeu a confiança nem a esperança.

As duas primeiras edições de estudo já foram publicadas em português, no Brasil, e esperamos que em breve também possam estar disponíveis em Portugal. Tivemos principalmente dificuldades com o transporte, mas nesses dias essas duas edições em português devem estar chegando também a Portugal. No Brasil, já estão sendo distribuídas.

Todas essas publicações são um esforço para divulgar esses documentos importantes da nossa história de Schoenstatt, especialmente nesse período de confronto com o Santo Ofício, e que trazem muitos documentos que até agora eram desconhecidos. Eles nos ajudam a ter uma visão muito mais profunda de tudo o que aconteceu, digamos, a partir de Dachau e do terceiro marco (31 de maio de 1949). É também um esforço para motivar outros a continuarem estudando e, com base nesses documentos, que surjam novas abordagens temáticas.

Nesse sentido, compartilho também que temos trabalhado com a pequena equipe que tenho. Um deles é um professor, também de teologia pastoral. Justamente quando começamos esses trabalhos, ele se aposentou, e por isso pôde se dedicar bastante a essa tarefa. E há outro senhor, que é o responsável pela comunicação em Schoenstatt (Alemanha), e que também atua, em parte, na página oficial de Schoenstatt (Alemanha). Ele foi essencial para a diagramação dessas edições. Ambos também foram muito importantes na redação das introduções e na revisão dessas edições.

Proibições e decretos cada vez mais duros

Já faz quase três anos que estamos trabalhando na preparação e edição de tudo o que tem a ver com os decretos e proibições que vieram do Santo Ofício, do bispo de Tréveris e também dos superiores dos palotinos, para as irmãs, para o Movimento em geral, para os sacerdotes schoenstatianos, etc. Trata-se de todos os decretos, proibições, normas que estavam sendo desenvolvidas e que foram se tornando cada vez mais severas ao longo dos anos. É uma longa lista de decretos e proibições, mas que tem uma gênese, uma história. Então, junto com a apresentação desses decretos, vamos também ver nessas edições o desenvolvimento que ocorreu, como as proibições foram se desenvolvendo, como foram ficando cada vez mais severas, como isso afetou o nosso pai e Schoenstatt e como ele foi respondendo. Ou seja, vamos ver uma história um pouco (sorri) muito, muito intensa, e eu acredito que será quase como um romance, para acompanhar esses desenvolvimentos, porque vamos publicar uma grande quantidade de cartas de diferentes personagens que estiveram envolvidos com tudo isso e vamos desenvolver as consequências desses documentos.

História intrincada e de intrigas

Vou lhes dar alguns exemplos para que conheçam as proibições que caíam sobre o pai ou as irmãs. Por exemplo, havia intervenções do bispo auxiliar, Bernhard Stein, que foi o bispo da primeira visitação, a visitação canônica, e que depois sempre acompanhou muito de perto todo o desenvolvimento dessa história. Ele escrevia ao seu bispo titular de Trévis (Matthias Wehr) e ao visitador Padre (Sebastián) Tromp, do Santo Ofício, com conselhos sobre quais medidas deveriam ser tomadas e por quê. Havia uma troca epistolar. E, de repente, aparecia um novo decreto, às vezes com frases quase textuais do que esse bispo havia proposto.

Outros exemplos que compartilho tratam de como chegavam ordens do Santo Ofício para que fossem aplicadas às irmãs através de padres palotinos, que eram os que estavam contra o pai. Enfim, por isso digo que há também muita história, até de intriga, que pode ser seguida, e poderemos ver como o pai tentava responder (às acusações) e, por outro lado, como ele dava ânimo à Família Schoenstatt, fortalecendo a fé e a confiança na Providência de Deus.

Como sabem, os primeiros decretos de 1951 separaram o pai, em primeiro lugar, de seu posto de Diretor das irmãs, proibiram todo o contato com elas, e lhe disseram que ele deveria abandonar o local de Schoenstatt. Também o destituíram do cargo de diretor do Movimento. No final de 1951, chegou o decreto provisório, que exigia que ele fosse exilado para os Estados Unidos. Até então, a proibição era em relação ao contato com as irmãs e a relação com Schoenstatt, mas ele ainda podia se relacionar com sua comunidade, e, por isso, no começo, manteve um contato intenso com os padres palotinos schoenstatianos.

1952: Estadia na América Latina e mais decretos

Como ele teve que abandonar a Europa, mas ainda não tinha visto para os EUA, e o visitador, o Pe. Tromp, queria que ele saísse o mais rápido possível de Roma, autorizou o pai a viajar para a América do Sul e seguir tramitando o visto por lá. Assim, ele passou alguns meses de 1952 na América Latina. E foi assim que, estando no Brasil, ofereceu um retiro – terciado – para os padres brasileiros e para outros que foram ao Brasil para participar desse retiro. Trata-se de um longo período de palestras do pai. Ele também esteve na Argentina, onde pode abençoar o Santuário de Florencio Varela, e também foi ao Chile, e de lá, em junho de 1952, já pôde partir para o exílio, pois obteve o visto como residente.

Mas até então, o pai não tinha nenhuma proibição em relação aos palotinos. Mais adiante, quando viram que ele continuava influenciando através do contato com os padres palotinos, com o Pe. (Alex) Menningen, que era seu braço direito, etc., ele recebeu decretos que lhe proibiam de ter contato com seus irmãos de comunidade e, mais tarde, com qualquer dirigente de Schoenstatt.

Edição nº 4 com quatro volumes sobre a terceira visitação, reabilitação do Pai, etc.

Eles tentam cada vez mais reduzir toda a influência do Pe. Kentenich. Como tudo isso foi se desenvolvendo, pode ser seguido nesta edição de estudo, que é a número 4. A Epistola perlonga (edição nº 5) saiu antes, mas já estávamos trabalhando na edição de estudo nº 4. O primeiro volume dessa edição em alemão sairá, espero eu, antes do dia 31 de maio.

Espero que, até outubro, também possamos publicar outros volumes. Calculamos que esta edição de estudo nº 4 terá quatro volumes, pois há muita informação, também sobre a terceira visitação, que será muito importante para separar Schoenstatt dos palotinos, e também sobre o retorno e a reabilitação do pai, o que está relacionado ao quarto marco da história de Schoenstatt.

Ou seja, haverá muita informação, e como eu disse, muitos documentos que até agora não tinham sido divulgados, pois estavam guardados nos arquivos. Agora conseguimos fazer estudos sobre esses documentos, organizá-los, classificá-los e apresentá-los com introduções, esclarecimentos e notas.

As denúncias de von Teuffenbach deram um grande impulso à causa do Pe. Kentenich

Pois bem, todos os desafios que tivemos em relação à causa do Pai, com todas as denúncias que surgiram a partir do ano de 2020 no livro de (Alexandra) von Teuffenbach, na verdade, deram um grande impulso à causa. É verdade que a causa ficou suspensa, ficou em espera em Trévis (diocese onde se encontra Schoenstatt), mas nos trouxe um impulso muito grande em torno do Pai.

Os Grupos de Silêncio e Oração também são, em grande medida, um fruto disso tudo, de tudo o que estamos vivendo, de tudo o que estudamos; também dessa comissão internacional e da minha própria equipe de pesquisa. As irmãs também formaram uma equipe que está investigando seus próprios arquivos e que também tem produzido muitos frutos. A Família de Schoenstatt se uniu muito mais em torno da figura do pai. Justamente a campanha Todos somos Schoenstatt, que foi impulsionada pela Presidência Geral, nasceu em grande parte por tudo o que vivemos nos últimos anos em relação ao nosso pai.

Várias pesquisas para aprofundar o carisma do Pai

A Presidência Geral criou um grupo internacional, do qual resultou a pesquisa realizada por esses dois professores alemães em relação à Epistola perlonga (Edição de estudo nº 5). E há também uma equipe de pessoas, especialmente na Argentina, liderada por duas irmãs, que têm trabalhado na elaboração de uma edição crítica da Apologia pro vita mea (que o Pe. Kentenich escreveu em sua defesa em 1960). Neste momento estamos revisando esse material e esperamos que também possa ser publicado em breve. Ainda não há datas definidas, mas esperamos que, como disse a irmã Julia (Agüero), seja antes de outubro. Essa edição será publicada primeiro em espanhol.

Essas são todas as novidades sobre o que está acontecendo e o que está sendo planejado para o futuro com essas pesquisas. Assim que publicarmos a Edição de Estudos nº 4, esses quatro volumes, já temos em vista outros documentos que precisam ser preparados. Como eu disse, tudo isso visa estabelecer uma base muito sólida para futuros estudos e elaborações em torno do carisma do nosso pai, para conhecê-lo e assimilá-lo muito melhor.

Philipp Spörry: o livro de von Teuffenbach não tem fundamento científico

E talvez uma última informação, que foi divulgada através dos Grupos de Oração, é que um jurista suíço (Philipp Spörry), que foi chanceler em um cantão suíço, conheceu ou leu o livro de (Alexandra) von Teuffenbach com suas críticas. Ele já tinha ouvido falar de Schoenstatt, conhecia pessoas que participavam do Movimento, e isso despertou seu interesse. Como jurista, constatou que esse livro realmente não tinha nenhum fundamento científico, que não era uma obra séria. Era mais um livro de denúncias, quase como um jornalismo sensacionalista. Então ele se interessou mais pelo tema, começou a pesquisar e escreveu um artigo relacionado à Igreja Suíça. Publicou esse artigo na página oficial da Igreja na Suíça (3), tratando de como a Igreja suíça tem lidado com o tema dos abusos, tanto de autoridade como abusos sexuais. Esse artigo também teve impacto dentro da Igreja suíça.

Esse jurista critica também a grande influência que os meios de comunicação exercem, condenando rapidamente qualquer pessoa acusada, mesmo sem provas que sustentem a veracidade das afirmações feitas, e sem que essas acusações sejam submetidas a julgamento e que haja uma sentença. Ele afirma que isso se configura como uma espécie de linchamento midiático, no qual, mesmo que depois se comprove a inocência do acusado, sua reputação já está destruída e é muito difícil recuperar a imagem de honestidade.

Spörry analisa o tema sob o ponto de vista jurídico: Aqui não há caso para a justiça

Bem, (o autor) então coloca como exemplo da influência e manipulação dos meios de comunicação o que aconteceu com o livro de (Alexandra) von Teuffenbach e o Pe. Kentenich. E se pergunta como um homem que foi fundador de um movimento internacional, que teve tanta influência, que é tão reconhecido em tantas partes e cujo movimento também é valorizado pela Igreja, como é possível que umas denúncias, que além disso não têm fundamento, produzam toda essa confusão, no contexto dos tempos em que estamos vivendo, e levem o bispo de Trévis a deixar em suspenso a causa do Pe. Kentenich.

Este artigo é especialmente interessante porque vem de fora (do Movimento), criticando o livro (de von Teuffenbach) e expressa, do ponto de vista legal ou jurídico: aqui não há nenhum caso, não há nenhum caso de abuso, ou seja, não há nada que pudesse realmente ir para um tribunal para ser julgado como um delito.

O Santo Ofício: Não há delito. A medida é disciplinar para gerar ordem.

É o mesmo que diz a Igreja no começo quando manda o Pe. Kentenich para o exílio. O Santo Ofício explica ao Pe. Kentenich: aqui não há nenhum delito. Por isso não houve nenhum tribunal. Não há nenhuma sentença. As medidas que tomamos são disciplinares, para colocar ordem aqui em Schoenstatt. Enquanto isso, precisamos que você esteja longe. E esse estar longe durou 14 anos. Mas lá também lhe dizem: não há nenhum delito. Se tivesse realmente havido algum abuso de tipo sexual, ou como era reconhecido naquela época, o pai teria sido julgado. Mas não houve nenhum julgamento formal.

Essas são as últimas novidades que posso compartilhar sobre o que está surgindo. Nós também esperamos que mais adiante apareçam outros artigos, especialmente de pessoas que não são schoenstatianas, gente objetiva de “fora”, mas que se envolveu no assunto e também oferece uma opinião objetiva e adequada.

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1: Ir para os Grupos de Silêncio e Oração.

2: Ver o vídeo da apresentação do Pe. Eduardo Aguirre.

3: Ler a resenha do artigo de Philipp Spörry sobre o livro de Alexandra von Teuffenbach em relação ao em relação ao Pe. Kentenich.

A presente transcrição do vídeo foi revisada pelo Pe. Eduardo Aguirre.

Transcrição do vídeo: Millie Mota, Nova Iorque
Tradução para o português: Flávia Ghelardi, Brasil

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Edições de estudo existentes e a publicar.

ESPAÑOL

Editor de la Edición de estudio: Eduardo Aguirre
Documentos Historia Movimiento Schoenstatt.
Editorial Nueva Patris, Chile

PUBLICADO 

Edición de estudio 1: Informes de las Visitaciones Episcopal y Apostólica 1949 – 1953

Editorial Nueva Patris, Chile, 2022, Formato 14,8 x 21 cms., 316 pág., ISBN 978-956-246-957-9

Edición de estudio 2: Correspondencia epistolar y alocuciones en torno de la Visitación Episcopal 1949
Correspondencia entre el P. Kentenich y el obispo auxiliar de Tréveris, Bernhard Stein

Editorial Nueva Patris, Chile, 2023, Formato  14,8 x 21 cms., 222 pág., ISBN 978-956-246-981-4

Edición de estudio 3, tomo 1: Confrontación con el Santo Oficio
Correspondencia epistolar entre el P. Kentenich y el Rector General Turowski SAC

Editorial Nueva Patris, Chile, 2022, Formato  14,8 x 21 cms., 320 pág., ISBN 978-956-246-968-5

Edición de estudio 3, tomo 2: Confrontación con el Santo Oficio
Correspondencia epistolar entre el P. Kentenich y el Rector General Turowski SAC

Editorial Nueva Patris, Chile, 2022, Formato  14,8 x 21 cms., 320 pág., ISBN 978-956-246-975-3

Edición de estudio 3, tomo 3: Confrontación con el Santo Oficio
Correspondencia epistolar entre el P. Kentenich y el Rector General Turowski SAC

Con un índice detallado de fuentes, personas, lugares y temas para los tres volúmenes
Editorial Nueva Patris, Chile, 2024, Formato  15 x 21 cms., 532 pág., INSB 978-956-246-995-1

EN EDICIÓN

Edición de estudio 4
Decretos y controversias en torno a la Obra de Schoenstatt. Documentos y contextos de los años de la Visitación Apostólica y del tiempo de exilio – 1951 a 1966
Se publicarán 4 tomos.

Edición de estudio 5, tomo 1: Epistola perlonga
Carta de respuesta del Padre Kentenich al informe de la Visitación Episcopal de 1949. Edición histórico-crítica
Lanzamiento: Editorial Nueva Patris, Chile, 31 de mayo 2025

Edición de estudio 5, tomo 2: Epistola perlonga
Carta de respuesta del Padre Kentenich al informe de la Visitación Episcopal de 1949. Edición histórico-crítica
Lanzamiento: Editorial Nueva Patris, Chile, agosto 2025

Edición de estudio 6:
Apologia pro vita mea. Escrito de defensa del Padre Kentenich contra calumnias y rumores – 1960
Se publicará previsiblemente en 2025 en español, y posteriormente en alemán.

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PORTUGUÊS

Edição de Estudo 1: Relatórios das Visitações Episcopal e Apostólica 1949 – 1953

Edição de Estudo 2: Correspondência epistolar e discursos sobre a Visitação Episcopal de 1949
Correspondência entre o Padre Kentenich e o Bispo Auxiliar de Tréveris, Dr. Bernhard Stein

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DEUTSCH

hg. von Eduardo Aguirre 

Studienausgabe 1:
Berichte der Bischöflichen und Apostolischen Visitationen 1949 bis 1953
• Patris Verlag, Vallendar 2021, Format A5, Softcover, 333 Seiten, ISBN 978-3-946982-20-3

Studienausgabe 2:
Korrespondenz und Ansprachen zur Bischöflichen Visitation 1949
• Patris Verlag, Vallendar 2022, Format A5, Softcover, 220 Seiten, ISBN 978-3-946982-26-5

Studienausgabe 3:
Auseinandersetzung mit dem Heiligen Offizium – Der Briefverkehr zwischen Pater Kentenich und Generalrektor Turowski SAC
Teilband 3.1:
• Patris Verlag, Vallendar 2022, Format A5, Softcover, 320 Seiten, ISBN 978-3-946982-23-4,
Teilband 3.2:
• Patris Verlag, Vallendar 2022, Format A5, Softcover, 280 Seiten, ISBN 978-3-946982-24-1
Teilband 3.3:
• Patris Verlag, Vallendar 2023, Format A5, Softcover, 532 Seiten, ISBN 978-3-946982-25-8

Studienausgabe 4:
Dekrete und Kontroversen um das Schönstatt-Werk. Dokumente und Hintergründe aus den Jahren der Apostolischen Visitation und der Exilszeit – 1951 bis 1966
Teilband 4.1 – Januar 1951 bis Januar 1954:
• Patris Verlag, Vallendar 2025, Format A5, Softcover, 584 Seiten, ISBN 978-3-946982-23-4
Die Teilbände 4.2 bis 4.4 erscheint ab 2025 im Patris Verlag

Studienausgabe 5:
Epistola perlonga – Pater Kentenichs Antwortschreiben auf den Bericht der Bischöflichen Visitation 1949. Historisch-kritische Ausgabe
Teilband 5.1:
• Patris Verlag, Vallendar 2024, Format A5, Softcover, 388 Seiten, ISBN 978-3-946982-30-2
Teilband 5.2:
• Patris Verlag, Vallendar 2024, Format A5, Softcover, 388 Seiten, ISBN 978-3-946982-31-9

Studienausgabe 6:
Apologia pro vita mea. Pater Kentenichs Verteidigungsschrift gegen Verleumdungen und Gerüchte 1960
• erscheint voraussichtlich 2025 in Spanisch, anschließend in deutscher Sprache

Weitere Studienausgaben sind in Planung.